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O primeiro impacto ao olhar essa rua foi: Que magico, que lindo, que legal!
Não gosto muito de usar esse adjetivo "legal" , mas foi o que veio na minha cabeça na hora.
Sim, uma rua de balões, é claro que as crianças vão gostar... até a gente gosta! Eu adorava balões de gás quando era criança.
Recordo-me com um sentimento muito nítido o prazer macio que experimentava cada vez que ganhava um balão. Ficava toda envergonhada. Virava um pé de riso. Andava de um canto para o outro com a pontinha do dedo amarrada ao pedaço de linha que permitia que o levasse comigo e impedia que se afastasse de mim.
Na maioria das vezes, a linha se soltava da minha mão por algum descuido e eu assistia o balão voar para longe, para o céu, cada vez mais longe, cada vez mais longe, cada vez mais longe ainda do meu alcance.
ahah e não adiantava os adultos dizer: "Amanhã eu compro outro." Porque aquele, aquele lá, que já voava distante, pequenino ponto já sem cor definida no céu, aquele não voltaria mais. Era por aquele que a tristeza virava chuva em meu rosto. Por aquele, cujo fio da linha não consegui manter comigo. Por aquele que despertara os risos que ainda ecoavam em mim.
E depois de hoje, quando eu não era mais criança e me encantava com os balões, descobri com lucidez embaraçosa que a gente aprende.

Tudo passa na vida! Até mesmo os nossos maiores desejos e os nossos mesquinhos medos!
(Jaque Alves)
Beijos Jaque
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